sábado, 30 de maio de 2009

HORAS


Está bom dormir. Não sinto incômodo em sonhar. Acordo com atraso. Levanto-me ainda no sonho. O aguaceiro do banho me faz olhar os vapores. Até porque já havia visto os relógios. - Isso são horas!? É o que eu digo aos ponteiros dos pensamentos enquanto calço os sapatos que me custaram um bom dinheiro. - Pela hora da morte! Justifico ao pente do penteado cuja execução não dura horas e horas. Ao passar pela portaria do prédio apanho o cheque do inquilino da garagem. - Veio em boa hora! No meu caminho diário, tempo no pulso, uma mulher de sorriso largo me pergunta: - Moço, pode me informar as horas? Quando adentro-me aos textos, uma palavra de trabalho me envia um e-mail informando-me sobre a hora H.

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