segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O CISCO OU NINGUÉM É DE NINGUÉM


De um lado um pedaço da cidade dos textos chama o olhar de abrigo.
Do outro lado a televisão exibe o país da bola e da chuteira.
Entre a televisão e a cidade dos textos, 70 metros quadrados, a sala do apartamento me faz habitante do mundo.
Nesse pedaço árido, não-agrícola, o olhar se estende às angústias cotidianas.
Nessa máquina difusora de informações o jogo de futebol Brasil X Colômbia, Maceió, Alagoas, eliminatórias da Copa do Mundo de 2006 na Alemanha, tenta retirar anseios dos torcedores brasileiros.
Quando a peleja termina em 0 X 0 ninguém é de ninguém.
O pedaço da cidade dos textos coloca um cisco no olhar.

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