terça-feira, 15 de dezembro de 2009

AINDA UM POUCO DA ESTÁTUA


Mais uma vez escuro inicio a descida da rua rumo ao ponto de ônibus.
Meus olhos querem amanhecer antes do amanhecer. Meus pensamentos procuram o equilíbrio nos resíduos finais do luar.
Os dedos dos pés causam dó. O tênis, numeração grande, é antigo. Por que, então, os dedos dos pés doem?
Ainda réstias do escuro...
O ponto de ônibus avisto, não posso parar. A dor nos pés provoca desconforto na descida que finaliza à frente de um prédio em construção. O ônibus aparece.
Entro em todos os dias da vida.
Talvez os dedos excitem sofrimento porque os passos ainda vem para dentro do cimento.

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