
Sem lugar nenhum, a não ser as calçadas hiperpovoadas da rua especializada no comércio de aparelhos de vídeo, som, telefones, computadores, CDs, hardwares e softwares, procuro um conjunto de seis caixas de som. Sou um comparador de preços. Pretendo comprar um home theater. Entre fios, metais, lâmpadas, elétricos e eletrônicos em geral os pensamentos parabólicos captam imagens. A rua é curiosa. Durante o dia as lojas, uma ao lado da outra, e camelôs cibernéticos se apinham no passa-passa dos transeuntes, dos carros em espaço apertado, sem vagas para estacionamentos. Cruzamentos sonoros são acionados por controles remotos, transmitidos por televisores com monitor de plasma, progressive scan, widescreen, hdtv, design slim, active control, dwide zoom, resolução de pixels. O dinheiro corre solto. Provisiona a existência dos fusíveis, plugs e curtos-circuitos. Soma-se a essa babel de watts o início da noite. No momento do término das dezoito badaladas fecham-se as lojas. Os pedestres desaparecem. A rua, encanto, muda de cores. Saem dos prédios em ruínas, dos moquiços das baratas quentes e dos bares separados por distância pequena as prostitutas que se parecem com movimentos energizados por pilhas alcalinas e baterias recarregáveis. Não satisfeito com os preços encontrados deixo para amanhã a corrida do macho em busca da fêmea.
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