
O balcão, quando chego à sombra do Onipotente, habita estranhos silêncios, desusadas palavras, desconhecidas pessoas. Bebo a cerveja acompanhado pelo esconderijo dos enigmas.
Oposto aos costumes das paredes troco fonemas partidos com o garçom Johann Sebastian, fervoroso torcedor do São Paulo Futebol Clube.
O tempo é o refúgio da velocidade. Fortaleza dos solitários o balcão se esvazia.
- Para onde foram as estranhezas? Respondo ao Tião que preciso descansar no trecho claro do jogo da confiança.
É quando um homem, dois relógios em cada pulso, calvo, bochechas purpurais e linguagem grandiloquente decide ficar no balcão. Bebe, fuma e come filé de frango. Atende o aparelho celular. Estranhona a noite não faz parte do motivo que ao desligar o telefone o leva, momento irreversível das sombras, a ir embora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
INTERESSOU? COMENTE!
: