quinta-feira, 16 de julho de 2009

REPAROS DE UM SALDO DISPONÍVEL


Ponho reparo, laços bambos, na mulher morena que entra no banco, agência Clélia. A bonitona aciona a porta giratória. Torna-se nos passos a última pessoa da fila única.
Eu, entre as máquinas de autoatendimento, dirijo-me ao terminal 02570557, senha, e imprimo o saldo para simples conferência.
Retorno à rua no instante em que o ônibus pára sob o semáforo. Alguns passageiros viram o pescoço fingindo olhar o infinito. Dobro à direita, Scipião, depois à esquerda, Coriolano. Na esquina seguinte é a Aurélia que me romaniza no banho de sol de duas rainhas, quatro torres, quatro bispos, quatro cavalos e dezesseis peões.
Torno a verificar o impresso com o saldo bancário. Agacho para fortalecer os laços dos cadarços do tênis. Ao reparar as cores das minhas meias nem me lembrava que não são brancas.

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