
A noite está calma. Lá fora uma chuva fina desliza pelo asfalto a construir reflexos desfocados da cidade. Escovo os dentes. Ao bocejar, um princípio de tosse atravessa o silêncio reinante. Um gole d'água. A tosse se suaviza até se esvair por algum ralo desconhecido.
No apartamento do andar superior nenhum ruído, nenhuma Sodoma. Deito-me no chão. Com os ouvidos colados ao piso nada ouço do apartamento inferior. Nenhuma Gomorra. Pelos quatro cantos só o silêncio e a madrugada me fazem companhia fria e úmida.
Enfim, apago as luzes.
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