sábado, 5 de setembro de 2009

FEIJOADA E A LÁGRIMA


Da lágrima é que quero contar.
Hoje o almoço é feijoada.
30 minutos depois do meio-dia os convivas chegam ao apartamento.
A alma arrebatada faz soar as palavras dos espíritos. A madureza do feijão expande-se no líquido composto: sangue, cachaça, açúcar, limão. A ventania entra na sala por todos os lados da construção.
Quem sabe as correntezas não foram os ciscos, poeiras dos móveis, raios de sol, melancolias, amores das juventudes, rituais de passagens, modificações íntimas?
Pergunto porque vi a lágrima escorrendo, esculpindo em Carolina a vida tanta dos rios.

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