
Passeatas, as primeiras, na sala são lentas, arrastadas, uniformes. Papéis parados nas mesas, equilibristas texturizados sobre as botas dos soldados. Plurais de poucas necessidades, vontades das coisas, desejos acontecem.
Em setembros passados a sala fervilhava: caça aos amores, às pessoas, sons, boicotes aos sonhos. Nas ruas, sob velas acesas, contraculturas, romanceiros, rebeliões, inconfidências, hinos libertários.
Agora na ágora o silêncio é a companhia e a luta na terra gentil. É como se o mundo nos pertencesse on-line + os sempres, os nuncas e as caixas de diálogos: OK. Executar. Aplicar. Imprimir. Cancelar. Horas, dimensões temporais variáveis, passados e histórias, sinopses e resumos. Esperas da espécie latino-brasilis, das chegadas estagnadas das independências.
Aperta-me o coração as securas nos ventos, sem intensidades. Lembro-me das torturas, das imagens dependuradas nos paus-de-arara. Ligo, de cabeça para baixo, o rádio portátil com TV mais CD Player, AM/FM.
Acompanho na sala, de cócoras, o desfile militar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
INTERESSOU? COMENTE!
: