
A festa na casa de Kella se movimenta dinâmica, alegre e, para melhorá-la ainda mais, o mágico surge entre as mesas de pingue-pongue, bolinhas e raquetes. As crianças brincantes do castelo do pula-pula saem da residência real. Em correrias atravessam o pátio molhado de chuva somando-se às outras crianças. O mágico, sem intervalos lentos ou rápidos, inicia a fantasia das ilusões. Truques com cores interagem com os convidados.
Saio do salão das magias. Vou ao pátio pegar uma cerveja. É quando vejo a cidade dos textos surgir por entre a neblina espessa e úmida. Quero retornar às mágicas do festeiro prestidigitador. Falta-me criatividade. Decola-me o espírito dos contos infantis. Entro na cidade adentro com a infantaria de pés e asas. Marcho e vôo ao centro da cidade. Há fios noturnos espalhados no asfalto das ruas, pilhas e conectores amontoados nos cantos urbanos monitorados por relâmpagos.
Na claridade veloz, meninos eu vi: Deus e o diabo, putas e baratas, Gláuber Rocha e o sol bebendo cerveja nacional no bar Estética do Precário.
No melhor da festa, durante as trovoadas que se transformam em hits do antigo conjunto musical Balão Mágico, retorno à casa de Kella, que se movimenta dinâmica, alegre, grávida. Para prosperar a festa ainda mais as mesas de pingue-pongue, as bolinhas e as raquetes surgem entre os pássaros prateados, mágicos.
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