
Escapo dos ônibus.
Desço a alameda passando as mãos nos troncos das árvores. Passos multiplicados por passos apertados somados ao tempo frio. Passos de urubu malandro subtraídos dos modos incertos da vida se dividem em meus passos de estrada.
Pele na cidade no contexto urbi et orbi dos olhos. Sigo a escapada nos encontros fortuitos dos olhares.
À procura do resultado do meu exame de campimetria computodorizada, unidade oftalmológica do corpo de tantos anos, entro na clínica. O resultado em envelope timbrado vem às minhas mãos. Pelo visor do desejo enquadro a porta de saída.
Outra vez na alameda guardo o envelope nas folhagens das árvores. Procuro o número na memória. Fico diante do prédio onde no 18º andar reside Azezati, a negra mais safada dos classificados de relax dos jornais das letras minúsculas.
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