domingo, 15 de novembro de 2009

TAMPICO VERMELHO


Andarilho sobre os andores feito imagens de procissões urbanas passo nas 1001 noites de Xangô, raios e fogos, e em concessionárias de automóveis. Sem dinheiro e domingo namoro os carros em exposição.
Meus desejos custam caro. Não sei dirigir. Também não gosto de beber café. Meus sinais são de pedestre engarrafado. Prefiro beber cerveja, leite desnatado, suco de laranja com pedras de gelo, água mineral com gás. Ainda fico vermelho quando a cidade dos textos se escancara à minha timidez.
Encosto a mão na cor do carro predileto como se eu fosse imaginador exato. Compro Tampico na outra mão do ambulante sob o sol.
O trânsito paralisa-se sobre os andores.
Nada sei sobre motores, retíficas, funilarias, lanternagens, pinturas, socorros.
Algo terrível acontece lá na frente!

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