domingo, 13 de dezembro de 2009

GUARDADO CONOSCO


Nunca deixo a cidade me ver. Ela sabe que sou uma sombra perpetradora, escurecida pela interposição de um mundo opaco, íntimo do breu.
Das ideias os meus olhares, sensações anestésicas do estar mais adiante, lá, são os movimentos que saem às ruas.
Imagino conhecer o ídolo, o super-heroi, o ícone, o vilão, o artista, o poeta zen, o romântico consagrador da poesia, o escritor idealista, o cronista da praça, o arco-e-flecha...
A frouxidão vem em meu rascunho de alvo urbano. Pouco sei mirar, conhecer, contemplar, escrever, pesquisar, esconder, atirar...
País com serenata recheada de fome o ar é amargo, miséria, bandolim atropelado, livro caro, escola reduzida, desemprego, manisfestação de melhoria salarial, violência.
Não obstante a cidade dos textos enxerga no domingo a greve entrante, e adere.

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