sábado, 12 de dezembro de 2009

MANICURE I


Agigantadas, ainda não são as minhas unhas garras de lobisomem. E não é mais sexta-feira na estrada. Acho o encanto e o desencanto em um salão de beleza.
A manicure, de nome Gotti, apanha as minhas mãos. Mergulha-as em lago de águas mornas. Os pedaços das unhas caem no chão manchado de lua, fios de cabelos, sol.
A outra funcionária varre o piso enquanto uma menina mostra a uma senhora as unhas do pés decoradas com desenhos animados. Chão varrido.
As minhas unhas curtas, polidas, atingem as ruas. Fadários que vagueiam...
A manicure é um pedaço de mau caminho.

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