
A faxineira pega o trem. Viaja. A madrugada se acostuma com as vassouras, panos, produtos de limpeza e espanadores que a faxina diária extrai das estrelas. Quando a tempestade impede os brilhos estrelários a madrugada a consola impedindo-a de seguir as mentalidades do medo. E antes do amanhecimento, quando abro portas e janelas dos textos, as palavras me mostram a faxineira a caprichar na limpeza. Pede-me não jogar no lixo as páginas dos jornais onde impressos estão os horóscopos. Depois do almoço, finalizado o expediente, ela retorna sem o uniforme de trabalho, com uma fita colorida nos cabelos. Recolhe os signos na naturalidade, no bom astral.
É isso, as palavras estão no ar, é só pegar. Como um quadro, um círculo com vários retalhos que formam um único sentido, uma bela imagem. bjs
ResponderExcluirTambém, a palavra pia, azuleja... Torneira, enfim.
ResponderExcluirTudo desagua na palavra. Até as letras, números sem fim.
Beijos palavreados!!!