domingo, 21 de junho de 2009

PINCÉIS


Em um andar na cidade dos textos, movido por conceitos paralelos, espalho sem subterfúgios as tintas nas construções perpendiculares, oblíquas. Deslizo os pincéis por muros, pontes, trincheiras e viadutos. Passo a passo as cores encontram os tons, ornatos, florões, telas, painéis e outdoors nas janelas de um renascimento dos olhos, tráfego de peles e almas, dos transeuntes. Bloco que ruma pelos sentidos do tempo aos relógios, à lua, gravura em alto relevo que não se despenca do céu, às chuvas desenhadas no sol nascente. No firmamento, profundidade marcada por passos e pneus, pincelo sem dó nem piedade as perspectivas do domingo, folhagem, silêncio sacro, televisão e futebol, clássico raio de sol com cabo feito de arco-íris.

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