
Em um andar na cidade dos textos, movido por conceitos paralelos, espalho sem subterfúgios as tintas nas construções perpendiculares, oblíquas. Deslizo os pincéis por muros, pontes, trincheiras e viadutos. Passo a passo as cores encontram os tons, ornatos, florões, telas, painéis e outdoors nas janelas de um renascimento dos olhos, tráfego de peles e almas, dos transeuntes. Bloco que ruma pelos sentidos do tempo aos relógios, à lua, gravura em alto relevo que não se despenca do céu, às chuvas desenhadas no sol nascente. No firmamento, profundidade marcada por passos e pneus, pincelo sem dó nem piedade as perspectivas do domingo, folhagem, silêncio sacro, televisão e futebol, clássico raio de sol com cabo feito de arco-íris.
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