
Isolado, domingo, em uma sala com aparelho de televisão fixado na parede e uma máquina xerográfica encostada no lado esquerdo do tempo fico a ler os jornais raspando nas letras a lâmina fina do estilete.
Imensurável a música baixada no computador: rock pauleira, metal pesado, eleva os sonhos, as loucuras e sublima os oceanos tempestuosos da liberdade.
Há algo de espera quando a fome aperta a campanhia da casa do relógio. De vez em quando faço cópias xerográficas de receitas culinárias distorcidas. A porta se abre. O almoço transcorre em paisagens rasgadas das águas. Nado no silêncio. Seco-me na outra margem das letras, horas retiradas da tarde.
Lá pelas tantas guardo na gaveta o estilete e ligo o aparelho de televisão: um jogo de futebol, mais uma rodada do Campeonato Brasileiro, termina.
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