
Verduras e legumes quando escuto e vejo passos na feira livre. Assim começo o sábado a retirar os pés do piso laminado, madeira, da sala do apartamento. Trago da feira a esperança, as frutas para os doces e sucos. Derramo os suores das barracas e dos tabuleiros nos copos e nos castiçais.
Esperei por toda a noite um visitante, embora ele permaneça em posição eterna na poltrona azul da sala, que nunca mais virá.
As paredes brancas ficaram mais alvas devido às águas espumantes dos movimentos dos braços da madrugada a acenarem elipses nas mãos. Feito mistério, geometria e graça o apartamento, movimento, luz e cor das estrelas, ficou limpo.
O visitante, saciado, persiste afetos na existência do estofado no raio de sol. Outra vez amanhece nas nossas almas urbanas.
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