
Maciço de dúvidas entro no ônibus executivo com destino ao Largo. Sei o que fazer, embora dê trelas às várias maneiras ocupacionais ao mesmo tempo.
Esse ônibus executivo é, na maioria das viagens, vazio. Ausente de trocador, o motorista é quem recebe o pagamento da passagem. O itinerário alcança os objetivos circulando nas ruas e avenidas extensas da cidade dos textos.
Tempo aparente para cicatrizar dúvidas, que nem sempre se cicatrizam, compactas e inabaláveis. A vida escreve feridas, imprime cicatrizações. Pega a deixa da metrópole, respira a poluição.
O relógio cria a ilusão de seguir o tempo. O almoço ainda não me imagina em fome.
Sem querer sair do ônibus executivo prolongo as certezas, executo as dúvidas até o Largo Paissandu, fronteira circular entre o ponto final e o peixe à doré do Salada Record.
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