Atendo o telefone.
Enquanto a conversa prossegue eu olho pela janela a construção desinibida de um prédio.
O céu azul, salão de baile dos astros, me faz voar na imaginação das palavras.
O prédio conectado aos andaimes forma sílabas de sombras, sol poente que arde nas respirações das vírgulas.
O firmamento é a palavra que me faz desenhar na papeleta avulsa sobre a mesa uma lua habitável e grávida.
Desligo o telefone.
Era Kella, que gostaria que o seu chá-de-bebê fosse feito no apartamento, amanhã.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
INTERESSOU? COMENTE!
: