quarta-feira, 14 de outubro de 2009

CONFRARIA DOS POETAS I


Em busca de notícias celestes, flores futuristas, acho nos jornais corrupções, moléculas e embriões, índices econômicos, assassinatos, suicídios, estupros, tabelas de diversos campeonatos de futebol, roteiros culturais. Sem espaço e inspiração desisto de esculpir na busca desejos do antes do almoço.
O que acontece depois do almoço, se é que acontece, deixa-me feliz. Mas não quero finalizar a escultura, se é que ocorre, do ocorrido. Digo apenas que por não aparecer por lá há tempos entro agora, quase noite, na Confraria dos Poetas. Bebo cervejas durante minha prosa fatiada com Éd e Noc, lésbicas, criadoras e proprietárias do bar.
E amanhã quando outra vez os jornais, sob o céu rosáceo, lerem minhas mãos flores nítidas, concisas, velozes me interessarão.

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