
A chave da porta desaparece no tempo suficiente para a janela sumir no vento. Horas que ocultam as nuvens, o sol, a lua.
Nos jornais diários notícias estampam fotos dos filhos desaparecidos das mães que em busca do reencontro, nas praças, vagueiam pelas cinzas do mundo com inúteis pés fixados... É como se o poema se perdesse na odisseia do poeta.
Vãos entre as luzes e os abismos produzem desaparecidos nas aparições da cidade dos textos, nas ruas de cimento e plasma onde o lixo come o luxo e esconde as cores da chave da porta que reaparece no vento suficiente para a janela amar o tempo, parapeito dos vivos, basculantes dos mortos.
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