segunda-feira, 23 de novembro de 2009

CIDADE DOS NÓS


Os ponteiros, independentes do tamanho diametral dos relógios, não saem fora dos tempos e atrasam-se, adiantam-se, quebram os mecanismos.
Ficamos nos ônibus a segurar o Bilhete Único, sentados em poltronas de reduzidas dimensões.
A cidade dos textos se aperta dentro dos sonhos. Produz as lógicas, os tédios, as sobrevivências e o cáos nosso de todos os dias. As extensibilidades, as longuidões são desejos nos espaços.
Acontece então em dia curto, pequeno, rápido: chego bem cedo aos textos. Aciono o computador. Navego em sites sobre macacos, símios. Sinto o peito se contrair. Deflagro risadas que se alastram nos vasos sanguíneos, corredores restringidos, e misturam-se à cidade.
Quando o ar acaba diluem-se as risadas, contraem-me mandos e comandos. Percebo a amostra grátis das macaquices incutida no centro da cidade dos nós, nos tempos.

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