quarta-feira, 18 de novembro de 2009

NOME DO DESTINO


Depois do almoço não durmo.
Na maioria das vezes não me dou com sobremesas.
Silêncios andam na cidade, textos dentro do país.
Quando vem a noite busco sons.
Na maioria das vezes não me dou com tiros silenciosos.
O calor me faz usar bermuda, camiseta, vermelho e branco.
Passos doces e furto da sombra o número de identificação, placa no trânsito.
Antes sigo a sequência de silêncios e ações. Forço as portas dos sentimentos arrebentando sem uso de aparelhos, a respiração da memória. Depois deito-me nos pensamentos voadores. Feito um califa zanzo nos arredores do por aí...
Em seguida retiro da boca a língua, da língua a garganta.
Lento e corajoso atravesso as ruas sem direção nenhuma. Escuto passos a me seguir.
A cumplicidade aumenta o risco, o prazer do furto sem lágrimas ou risos.
Eu e a sombra entramos em um Voyage, táxi. Sussurro no ouvido do motorista o nome do destino.

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