sexta-feira, 20 de novembro de 2009

VARIZES DA SUPERFÍCIE


Laços que eu carrego quando ando. Sentinela sinto-me entrelaçado à estética do lugar enluarado.
O que me alegra são os burburinhos tenazes e sagazes provocados por pessoas que se movimentam repletas de sexo, desconhecimento e solidão.
Vou aos telefones públicos. Releio as mensagens escritas em papéis pequenos colados nos aparelhos em estado miserável de conservação, putrefatos. São as prostitutas vendendo o peixe, informando os endereços telefônicos e as verdades especializadas em mentiras das varizes da superfície.
O que me entristece são as infelicidades dos riscos que ficam grudados nas possibilidades das vidas.
Vínculos que se desatam longe de todas as forças. O sentinela se transforma em vigia.
Navego sobre o caminho do retorno.
Em barco de pescador chego ao apartamento aos poucos, antes de findar a longa novela do destino.

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