
Vazios e recônditos locais da cidade dos textos recriam em algum final de semana prolongado o silêncio em ruas distantes do mar.
Afastados estão os barulhos dos motores, buzinas e freios. A velocidade do pensamento mistura-se ao céu e à cruz do divino. Baratas e ratos libertos das repugnâncias humanas, circulam infalíveis nos oratórios, cadafalsos, becos, esquinas, vielas e esgotos a céu aberto, a inferno fechado.
Aos homens que estão fora da cidade resta a eternidade limitada ao retorno, aos pedágios. Às mulheres que ficaram na cidade sobra o espaço na viagem do tempo que há de vir.
O futuro se aproxima do sentimento final das ambiguidades, áridas e úmidas, dos êxodos momentâneos.
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